Sou o Diogo, estudo na escola artística António Arroio em Lisboa. Estou a frequentar o 12º ano do curso geral de artes, criei este Blog para me dar a conhecer assim como os meus desenhos e ideias, conto sempre com os vossos comentários e opiniões.
Sexta-feira, 30 de Julho de 2004
Desenhador de sonhos
O meu lápis dança por entre os dedos, indeciso
não sei como começar, as ideias surgem todas ao mesmo tempo, são imparáveis. No entanto posso escolher apenas uma para começar a sonhar
e deixar-me levar pela sugestão.
De vez em quando, durante a noite, em sonhos, vejo uma janela alta, aberta e decorada com cortinados brancos de cetim, a claridade invade a sala e reflecte no chão bege, espelhado, há plantas com grandes folhas verdes que preenchem o espaço vazio, movem-se com a brisa, parecem respirar.
Surge como um flash, durante muito pouco tempo, mas o suficiente para perceber que ali sim está o auge da tranquilidade e da paz.
O sono surge sempre da mesma forma, o flash e em seguida uma pessoa que caminha encandeada pela luz do sol que penetra por entre as copas das árvores, olha para cima, cerra os olhos e sorri como que o cumprimentasse, ouve-se o cantar dos pássaros e vê-se borboletas que posam nas pétalas das rosas que rodeiam o prédio onde essa mesma pessoa vai entrar.
O sonho vai-se completando ao longo das noites e sempre acrescentando mais e mais imagens, histórias, ideias.
A pessoa não é rica nem pobre, tem um emprego e parece feliz. O tempo é escasso mas é bem utilizado. Então geralmente penso no que ele poderá significar.
Ao longo de várias noites o personagem foi-se desmascarando, este sai e entra em sua casa alegre e tranquilo e por vezes dirige-se a uma sala vazia que tem as paredes desenhadas, são rosas, rosas que pertencem ao arco-íris, o chão é espelho e o tecto um céu imenso. A sala aumente e revela-se num mundo de fantasia.
A personagem faz sempre o mesmo, olha em seu redor, fecha os olhos e anda até ao centro do espaço e
tudo se apaga. O fascínio invade-lhe o coração!
Por vezes quando acordo, tento voltar a fechar os olhos e começar a imaginar, mas não funciona, voltaria a perder aquela história sem fim.
Passado algum tempo e sonho modifica-se e os acontecimentos são contados por alguém que parece conhecer a personagem misteriosa. Ele diz:
Ele está sempre a sorrir, não pára
E um tom escarlate percorre a tela numa espiral que aumenta.
Viram? Agora tentem faze-lo, mas de um forma só vossa, juntem o que viram com as vossas ideias pessoais.
Ouve-se apenas vozes, num ecrã em branco:
Gostas?
Tá muita giro!
Ao longo do tempo, surgem salpicos de tinta e água por entre o branco, imagens revelam-se, são crianças, cadeiras, janelas, cores
No sonho nunca há noite ou chuva, não há vento mas apenas uma brisa que agita as gotículas de orvalho dos lírios das vivendas ao lado do prédio. E segue-se a sequencia: o flash, a personagem e a linha que percorre a tela em espiral e que, com a mesma linha, mergulha para revelar uma curva que se vai voltar a erguer.
Ah! Não é para fazer isso _ ouve-se uma voz de uma rapariga com sardas em toda a face e cabelo liso que cai para os ombros.
Vê-se um rapaz que desenha num caderno escolar, bonecos inventados, animais, sorrisos entre outros temas.
Ó professoreeee, ele não está a fazer o que mandou!
Mas este parecia não estar a ouvir, olhava fixamente para os desenhos do rapazito. Não nada, apenas pestanejou duas vezes enquanto os observava.
A personagem misteriosa que era professor, perguntou:
Quem são?
Não sei responde o rapaz não os conheço, apenas sei que têm cabelos escuros e olhos verdes e que têm um
um
um gato que eu vou desenhar.
Então o lápis desliza sobre o papel de uma forma ágil e discreta.
A partir desse momento a expressão do professor deixa de ser alegre e divertida, para passar a ser séria e pensativa. Quando o sonho surge novamente, começa de forma diferente como uma história. Ele entra em casa e observa vários cadernos, pastas e dossiers cobertos de pó e humidade que se acumulara durante anos a fio, desfolhe ia alguns e retira algumas folhas, põe na sua mesa-de-cabeceira e dorme até à manhã seguinte.
Durante o decorrer do sonho, aquele alguém diz frases soltas:
Repara como ele o faz, parecem memórias do teu passado
O professor pede ao seu aluno:
Faz-me um gato.
Quando o fez, o professor pegou numa das folhas que tinha tirado dos cadernos e comparou, era igual.
Que idade tens? Perguntou ele.
10 anos respondeu o rapaz.
Foi então que o professor leu na mesma folha, Bem-vindo ao 5º ano!
Em que ano estás?
.Mmmm 5º.
Derrepente a voz surge novamente:
Tu és um visionário!
E acordo sem mais nem menos.
No dia seguinte a história reaparece mas completamente diferente, ouvem-se violinos e vê-se o tom escarlate na tela, a espiral, alinha que mergulha e a simplicidade das curvas que eram feitas com tanto entusiasmo, parecem formar corações invertidos que eram seguidos de um traço rude e grosseiro que atinge o final da superfície, no fim são feitos espinhos discretos e sem pormenor para revelar uma flor, uma flor como qualquer outra como aquelas que rodeavam o prédio ou as que estavam desenhadas na sala que aumentava. O som dos violinos acentuasse e surgem os cortinados brancos que dançam ao sabor da brisa que os percorria, depois o gato a ser desenhado e finalmente um cerrar de olhos incomodados pela claridade inigualável do sol naquele sonho.
A verdade é que nunca mais o tive, pensei inúmeras vezes e cheguei à conclusão que me pareceu mais adequada. O rapaz e o professor são a mesma pessoa, eu, mas em épocas diferentes, passado e futuro. As rosas significam o belo mas os seus espinhos, obstáculos para a vida e penso que os cortinados, significam a conquista da felicidade, no entanto existe ainda o cerrar de olhos, presumo que poderia concluir algo se o capitulo continua-se, o cerrar de olhos é o meio entre o abrir e fechar, se a personagem os fecha-se é certo que concluiria que aquilo era uma pista para explicar que toda aquela história não passaria de um vulgar sonho, um conto de fadas criado por mim, mas se o professor os abrisse
Mas não é importante, pelo menos enquanto vivi este sonho, deixei-me preencher de esperança, coragem e alegria
e é disto que deve ser feito a nossa vida.
Quinta-feira, 29 de Julho de 2004
Janice
Lara Croft tomb raider
Kasumi
Quarta-feira, 28 de Julho de 2004
RUIVA
ta muita giroo!!!!
Gostam do aspecto do Blog, bem se não fosse a ajuda da Júlia e da Cristiana isto não acontecia por isso, não se esqueçam de visitar também os blogs delas que estão aqui ao lado... Sapatos Vermelhos e soh!!
Terça-feira, 27 de Julho de 2004
Girls
MOLOKO
Escrevi isto há uns tempos atrás...
A criação Há muito tempo atrás, antes de terem nascido os dinossauros, muito antes de a terra ter-se considerado um planeta, muito antes desta existir, uma menina nasceu no meio do universo. Quando atingiu o auge da sua idade, ela criou três elementos: a água o fogo e a terra; era uma criação, mas não era uma criação qualquer, não como terem inventado o Bugs Bunny, nem terem inventado a televisão; não, era muito mais que isso... A menina de seu nome Florinda que possuía uns longos cabelos negros que se confundiam com o cenário que a rodeava e tinha também uns olhos da cor do mel, fez uma fusão entre os três elementos; a partir daí criou-se a natureza; foi ela mesma que criou a terra, foi ela mesma que semeou as primeiras sementes, foi ela mesma que ensinou a viver aos seus habitantes. Quando uma parte da sua criação estava terminada (a Terra), Florinda dividiu-se numa sereia, numa fada e numa bruxa; a sereia deu vida ao mar, a fada deu vida à Terra, e a bruxa encheu as duas partes de perigo! Isto passava de ano para ano, de década para década, de século para século e de milénio para milénio, enquanto o planeta desenvolvia-se... Quando a sereia encheu o mar de pequenos peixes, a bruxa encheu-o de tubarões e baleias, quando a fada colocou as primeiras ervas no solo, a bruxa habitou-o com animais que as comessem, e sucessivamente. Florinda tinha as duas partes completas, mas ainda faltava a terceira, o homem, mas da parte, Florinda dara o seu voto de confiança...O homem nasceu, os instrumentos foram inventados, e a morte apareceu, ela já sabia que isto se tornara numa cadeia alimentar, mas as primeiras cidades foram construidas e os problemas apareceram. A terra estava sob olho, mas Florinda já estava velha e não resistiu. A partir daí o homem criou a poluição que destruiu o planeta. A sereia e a fada morreram, a bruxa reinou, ela criara a guerra, a morte, a tristeza e o desespero. Ninguém tomou conhecimento da história, mas os dias de hoje são apenas o começo da tragédia.
GUARDING ANGEL
Lara CRoft no seu... quase melhor
Segunda-feira, 26 de Julho de 2004
A razão...
Estes desenhos surgem com o incentivo do meu Pai que, um dia, me arranjou vários desenhos Manga através da Internet. E com eles pude aprender a gostar deste estilo e assim passar a desenhar as meninas de cabelos ondulados e olhos grandes e expressivos. Estes dois desenhos surgem com a influência do jogo DOA2, e daqueles desenhos animados que todos nós vemos! A menina de roxo chama-se Ayane e as outras, apenas a ruiva de fato azul é que tem nome, (Kasumi).
do tempo da Pré-História...
eis alguns dos meus primeiros desenhos, ( pelo menos desde que decidi que deveria guardar tudo aquilo que fazia). Decidi organizar esta ideia, por isso mostro-vos estes... até breve!...
Quinta-feira, 22 de Julho de 2004
O começo...
Decidi finalmente criar o Blog, a verdade e que já o queria fazer a mais tempo mas só na noite de 22 de Julho é que decidi faze-lo mesmo. A minha intenção é partilhar com todos os que o visitem, aquilo a que é a minha grande paixão que são os desenhos e o poder da nossa imaginação, com ela podemos sonhar, idealizar, desejar e sugerir. Assim e com todo o meu entusiasmo que partilho as minhas pequenas; obras de arte; que criei ao longo da minha vida. Espero que se divirtam e que comentem sempre o que virem aqui.
Obrigado!